quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Onde não há resistência, há aderência



O discurso conservador ainda tem um apelo muito forte para as populações, compostas essencialmente de pessoas não emancipadas, que buscam a proteção de um “grande pai”, capaz de livrá-las do peso de tomar decisões por conta própria. O “pai tirano” ainda é o sonho de consumo dessa imensa massa de pessoas que, apesar de adultas na aparência física, ainda não saiu da infância mental e emocional. O livre arbítrio, ou seja, a liberdade de escolha do próprio destino, assusta a maioria das pessoas nesse mundo, apavoradas com tantas mudanças tecnológicas que não se refletem em mudanças sociais e políticas da sociedade.
A direita conservadora avança no mundo inteiro sem encontrar praticamente nenhuma resistência, mesmo por parte das pessoas que se dizem “revolucionárias”. A resistência não passa de um mero exercício de retórica, patrocinado e estimulado por mecanismos de comunicação "caras e bocas", tipo o famoso "fake"book, cujos conteúdos "indignados" servem apenas como catarse coletiva. No fundo, está todo mundo "rendido", todo mundo "colonizado".

Mesmo porque, onde não há resistência há necessariamente aderência. O superhomem de Nietszche está morto e sepultado. Bem vindas ao universo orwelliano do "Grande Irmão". A "matrix" está vencendo todas.

(Letícia Lanz)

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