terça-feira, 6 de setembro de 2016

A Dieta Psíquica da Letícia Lanz (1ª parte)


Fazer dieta para emagrecer é quase uma obsessão coletiva hoje em dia. Todo mundo quer ficar esbelta, linda e sexy, de acordo com os estereótipos de beleza em vigor. Em nome da boa forma, muita gente faz enormes sacrifícios pessoais, alguns até cruéis, chegando a se privar de alimentos que simplesmente adora.

O problema é que, na maioria das vezes, não é só o corpo que está fora de forma: é a própria vida psíquica da pessoa que necessita urgentemente de um sério programa de recuperação. Sem fazer essa "dieta psíquica" é, inclusive, pouco provável que os programas de melhoria de aparência e de desempenho corporal tenham efeitos mínimos, além de muito pouco duradouros, na vida de uma pessoa.

Aliás, estar psiquicamente "fora de forma" é uma das grandes responsáveis pela pessoa estar fora de forma do ponto de vista corporal. Assim como há alimentos e hábitos de vida extremamente prejudiciais à saúde física, todo mundo sabe que certos sentimentos e emoções são verdadeiros venenos para o bem estar físico e mental das pessoas.  

A "dieta psíquica" da Letícia Lanz visa exatamente eliminar ou reduzir substancialmente o "uso" de tais sentimentos e emoções tão prejudiciais à boa forma das pessoas quanto o açúcar, o sal, as gorduras e o chocolate.

Vamos a uma lista dos dez piores sentimentos e emoções para o equilíbrio geral do organismo:

1 – Culpa

Culpa é a vergonha que eu sinto de não ser a pessoa que os outros (familiares, amigos, colegas de trabalho, sociedade, etc) desejariam que eu fosse. A culpa drena mais energia de uma pessoa do que muitas horas de atividade física intensa, deixando-a permanentemente extenuada e sufocada, sentindo-se absolutamente incapaz para conduzir a sua existência.

2 – Rancor

O rancor é essencialmente raiva acumulada e não expressa, que leva alguém a um estado de permanente autocontenção. Por falta de coragem, excesso de respeito ou medo de possíveis punições, o furor da pessoa é retido e permanece guardado, sob forte esquema de controle emocional, muitas vezes esperando a hora de ser vomitada na cara do seu objeto de raiva.

3 – Angústia

Angústia é um sentimento de estreitamento, de limitação ou bloqueio das possibilidades existenciais da pessoa. De maneira constante e difusa, a pessoa se sente comprimida e acuada pelo mundo e pelas pessoas à sua volta, como se não pudesse realmente respirar. Aliás, a “falta de ar” é dos sintomas mais comuns da angústia.

4 – Ansiedade

Trata-se de uma incapacidade crônica da pessoa viver no presente. Por mais que as coisas se lhe apresentem benfazejas aqui e agora, a pessoa vive num estado permanente de vigília pelo que ainda há de vir, tanto faz que seja algo favorável ou desfavorável para ela.

5 – Remorso

A pessoa vive presa a “passados”, conscientes e inconscientes, que, ao seu tempo, ela não deu conta de atender, de resolver, ou de encerrar e, por isso mesmo, se sente extremamente culpada. Donde o remorso pode ser também definido como a culpa que a pessoa sente de não ter feito, ao seu tempo, alguma coisa que ela julgava ser da sua responsabilidade ou competência fazer.     

6 – Ciúme

Marca registrada de todo narcisismo não-resolvido, ciúme é o medo de que o “outro” seja ou tenha “mais” do que eu: mais amado, mais querido, mais inteligente, mais rico, mais bonito, mais competente, etc. etc. etc.  O ciúme dilacera a alma da pessoa ciumenta, que não consegue conter a dor de ver alguém ser ou ter mais do que ela em algum quesito.

7 – Tristeza

Estado psíquico caracterizado por profunda melancolia, desencanto com a vida, desânimo e prostração física e mental. A tristeza se caracteriza por um sofrimento contido, contínuo e desesperançado, em que a pessoa não consegue enxergar nenhuma graça, nenhuma beleza e nenhum sentido na própria vida.

8 – Pânico

Estado de permanente vigília e apreensão por algo que, apesar de vago e impreciso, assusta e amedronta a pessoa, podendo provocar nela reações absolutamente descontroladas e irracionais.

9 – Auto-abandono (auto-rejeição)

Trata-se da falta que a pessoa faz para ela mesma e que não pode ser preenchida por ninguém mais nesse mundo, exceto por ela própria. Caracteriza-se por um permanente “vazio interior” que não consegue se preenchido por nada, por mais esforços que a pessoa faça para ocupar seu tempo.

10 – Auto-sabotagem (auto-violência, auto-bloqueio, auto-punição)

A pessoa faz tudo que está ao seu alcance para se prejudicar, descobrindo e criando todo tipo de obstáculo possível e imaginável para não se permitir realizar seus sonhos e objetivos, mesmo tendo todos os recursos e condições para isso.


(fim da primeira parte; leia também "Adotando a Dieta Psíquica da Letícia Lanz")

Nenhum comentário: