Tem pessoas transgêneras que se agarram de unhas e dentes aos
seus rótulos de gênero e que só faltam atirar pedras em quem questiona suas estúpidas
definições, conceitos e regras de enquadramento. Identidade de gênero é apenas
uma designação auto-concedida pela pessoa, em razão do que ela acredita ser e
expressar nesse mundo. Regra nenhuma pode deslegitimar essa designação assumida
pela própria pessoa.
Regra nenhuma pode pasteurizar, hierarquizar e excluir pessoas dessa ou daquela identidade de gênero sob pena de ser uma mera repetição do dispositivo binário de gênero, o pior e mais nefasto mecanismo de controle já criado pela sociedade para "vigiar e punir" os seres humanos.
Defender esses rígidos “enquadramentos de gênero” é a mesma coisa que defender o surrado catecismo da sociedade heteronormativa-cisgênera em que, para uma pessoa ser considerada homem ou mulher, as duas únicas identidades formalmente existentes, é preciso que exiba os atributos de gênero fixados para cada uma dessas categorias. Inclusive e principalmente um pênis ou uma vagina, passaporte fundamental para o enquadramento na identidade masculino e na identidade feminina, respectivamente.
É, portanto, sacanagem - e da grossa - que "formadoras de opinião" continuem cobrando, das suas próprias irmãs transgêneras, enquadramentos de gênero da forma mais tacanha e esdrúxula possível de modo a repetir, dentro do gueto, as práticas e exigências absurdas da sociedade patriarcal cisgênera para o enquadramento dos seres humanos em grosseiras e arbitrárias categorias artificiais, totalmente impostas e naturalizadas em nome do perfeito funcionamento do "status quo". (Letícia Lanz)
Regra nenhuma pode pasteurizar, hierarquizar e excluir pessoas dessa ou daquela identidade de gênero sob pena de ser uma mera repetição do dispositivo binário de gênero, o pior e mais nefasto mecanismo de controle já criado pela sociedade para "vigiar e punir" os seres humanos.
Defender esses rígidos “enquadramentos de gênero” é a mesma coisa que defender o surrado catecismo da sociedade heteronormativa-cisgênera em que, para uma pessoa ser considerada homem ou mulher, as duas únicas identidades formalmente existentes, é preciso que exiba os atributos de gênero fixados para cada uma dessas categorias. Inclusive e principalmente um pênis ou uma vagina, passaporte fundamental para o enquadramento na identidade masculino e na identidade feminina, respectivamente.
É, portanto, sacanagem - e da grossa - que "formadoras de opinião" continuem cobrando, das suas próprias irmãs transgêneras, enquadramentos de gênero da forma mais tacanha e esdrúxula possível de modo a repetir, dentro do gueto, as práticas e exigências absurdas da sociedade patriarcal cisgênera para o enquadramento dos seres humanos em grosseiras e arbitrárias categorias artificiais, totalmente impostas e naturalizadas em nome do perfeito funcionamento do "status quo". (Letícia Lanz)
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