quinta-feira, 4 de agosto de 2022

Quem usa palavras complicadas não está querendo passar nenhuma informação mas simplesmente impressionar você

 

Independentemente do seu nível de escolaridade, qualquer pessoa é capaz de compreender qualquer coisa que lhe seja exposta com palavras simples e explicações objetivas. A menos que a pessoa tenha sido capturada por alguma forma de fanatismo religioso e/ou político, o que a torna resistente a qualquer informação que venha de encontro às crenças e valores que lhe foram incutidos. Nesse caso, nenhuma exposição ou explicação vai funcionar, por mais simples e objetiva que seja. Nem “desenhando” você consegue mostrar as evidências de que a terra é redonda para alguém que acredita convictamente na doutrina que defende que a terra é plana.

Felizmente, a grande maioria da população em princípio está aberta para receber informações e esclarecimentos a respeito dos mais variados temas, sempre que os temas lhe sejam apresentados de maneira simples, clara, direta, objetiva e atrativa.

Infelizmente, tem um bocado de gente que supostamente deseja informar e esclarecer as pessoas a respeito de determinados assuntos mas que não consegue alcançar seus alvos.

A razão número um dessa defasagem, é o emprego ostensivo de palavras sofisticadas e exposições complexas, incapazes de produzir entendimento na maioria dos alvos a que se destinam. É o “viés acadêmico”, junto com um elevado grau de narcisismo, que leva a pessoa a complicar o mais que puder a exposição de um determinado tema, como forma de valorizar ao máximo sua fala.

Quem usa palavras complicadas não está querendo passar nenhuma informação mas simplesmente impressionar seus auditórios que, via de regra, conseguem apreender muito pouco do que está sendo dito, isso quando não entendem absolutamente nada, que é o acontece com mais frequência.

Por outro lado, o uso de termos e expressões incompreensíveis para a maioria da população, serve também para esconder o despreparo da pessoa no tema apresentado. “A metapsicologia imbricada nos processos interacionais discursivos pode estar determinando o surgimento de desvios de conduta performatizados em transgressões sociopolítico-culturais”. Entenderam? Pois é, nem eu. Mas o expositor fica com uma “aura” de dominar o assunto como ninguém, quando nem ele entende.

Um comentário:

marcelo disse...

Compartilho da mensagem..Parabéns.