Por favor, não me chamem de transexual porque eu não sou
doente: sou gente. Ao contrário do discurso patologizante de uma medicina
altamente patológica, eu não nasci no corpo errado, não sou portadora de nenhum
tipo de transtorno mental e não vejo nada de errado comigo. Ao contrário, tenho
a plena convicção de que está tudo certo comigo e que se alguma coisa está
errada é nessa sociedade idiota, conservadora e reacionária que insiste em
tratar como “doente” e/ou “delinquente” qualquer pessoa que não se enquadre nas
suas vetustas e ultrapassadas normas de comportamento. Repetindo o apóstolo
Paulo, tão “venerado” por “cristãos” de todas as confissões, “eu pequei porque
tinha a norma. Mudem a norma que eu paro de pecar” (Rom 7:7). (Letícia Lanz)
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