A maioria das pessoas que viveram no armário, e conseguiram se livrar dele, se com-portam como se ele jamais tivesse existido em suas vidas. Mais ainda: quase nenhuma dessas pessoas, hoje "desarmarizadas", nem ao menos se lembra que a maioria da população transgênera continua trancada em seus "closets", sem energia, sem ajuda externa para sair, completamente enfraquecidas, amedrontadas e sem esperança de outro futuro.
Projeções epidemiológicas da OMS – Organização Mundial de Saúde, afirmam que a população transgênera mundial está entre 2% e 5% da população, o que significa uma número infinitamente maior do que as poucas pessoas transgêneras que são vistas à luz do dia. Numa cidade como Curitiba, por exemplo, esse número corresponderia, em média, a cerca de 75.000 pessoas. Contando por alto, você não identifica nem 1.000 pessoas que publicamente se apresentam como transgêneras. Onde estariam, então, as outras 74.000 pessoas transgêneras da cidade Curitiba?
A resposta simples e óbvia é: no armário.
Não tenho a menor vergonha de declarar que por quase cinco décadas da minha vida eu fui uma pessoa transgênera armarizada, ou seja, alguém que se refugia no armário temerosa das graves consequências sociais e econômicas de assumir publicamente uma identidade de ... >> Abrir arquivo completo
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