De que lado você está? Essa é uma pergunta que está nos olhos de cada pessoa com quem a gente se encontra hoje em dia no Brasil. E, dependendo do lado em que você se encontra, é bem provável que seja o seu último encontro com uma pessoa.
Ela não vai querer falar com você e você, da mesma forma, não vai querer mais falar com ela.
A intolerância política virou o mais novo divertimento nacional, vindo reforçar o rombo no nosso senso de coletividade que já havia sido feito pela intolerância religiosa, intolerância racial, intolerância de gênero e intolerância de orientação sexual.
A questão é que, enquanto nós, o povo, estimulados por lideranças de merda, não toleramos, cada vez mais, as nossas diferenças, nossos políticos se comprazem em se tolerar mutuamente, aprovando todo tipo de artimanha, fraude, embuste e falcatrua contra nós, o povo.
Nossos políticos não estão de lado nenhum: só estão do lado deles. Dispostos a fazer de tudo um pouco e um pouco de tudo para continuar nos ludibriando com sua enorme “farsa democrática”.
Era preciso que nós, o povo, parássemos de falar e de praticar asneiras, fruto da nossa bisonha educação política, que só beneficiam os nossos políticos. Era preciso que nós, o povo, tomássemos as rédeas do nosso próprio destino, em vez de continuarmos a servir de mulas para os nossos próprios algozes.
Era preciso que descobríssemos a total idiotice de tentar expressar o lado em que a gente está num regime político-partidário onde existem quase 40 partidos políticos e nenhuma ideologia de Estado, nenhuma ideologia de como a sociedade deve ser organizada e dirigida no século XXI.
Tudo que vemos e ouvimos são discursos completamente defasados no tempo e no espaço. Defesas hostis e intransigentes de posicionamentos e propostas sociais e econômicas completamente velhas e superadas, feitas para atender única e exclusivamente aos interesses pessoais dos nossos políticos e das elites – de direita e de esquerda – que eles representam.
De que lado você está? Seria maravilhoso se você, em vez de, apaixonadamente, se posicionar em defesa de ideias e projetos completamente divorciados da realidade do nosso tempo e dos verdadeiros interesses de nós, o povo, passasse a se posicionar, decisivamente, em favor da coletividade da qual você é parte e em que você vive, trabalha e deseja ser feliz.
Em vez de nos dividirmos, tomando partido, tolamente, em defesa de idiossincrasias e jogos de cena dos nossos políticos - nos bastidores, eles sempre se entendem pra lá de bem - precisamos aprender a expressar a nossa própria vontade política, essa que está gritando dentro de nós e que evidentemente não encontra eco nos ouvidos moucos da nossa esperta e exploradora classe política.
Em vez de nos dividirmos, tomando partido, tolamente, em defesa de idiossincrasias e jogos de cena dos nossos políticos - nos bastidores, eles sempre se entendem pra lá de bem - precisamos aprender a expressar a nossa própria vontade política, essa que está gritando dentro de nós e que evidentemente não encontra eco nos ouvidos moucos da nossa esperta e exploradora classe política.
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