terça-feira, 5 de janeiro de 2021

Ainda bem que você não é uma galinha, né?

Era uma vez um mágico que tinha um galinheiro cheio de galinhas para o seu consumo. Todos os dias, ele ia ao galinheiro apanhar uma galinha para comer.

Apesar de burras e limitadas como sabidamente são as galinhas, depois de algum tempo até elas perceberam que, cada vez que o mágico as visitava, uma delas desaparecia.

Por causa disso, foram ficando cada vez mais ariscas, dificultando sobremaneira a tarefa do mágico em conseguir seu almoço. Diante do problema, o mágico pensou numa estratégia para deixar as galinhas dóceis e facilmente apanháveis.

Sendo mágico, ele sabia hipnotizar muito bem, de tal forma que resolveu hipnotizar todas as suas galinhas, fazendo com que cada uma acreditasse não ser uma galinha, mas alguma outra coisa, estando, portanto, livre de ser apanhada pelo mágico.

Assim foi que ele hipnotizou algumas de suas galinhas para acreditarem ser médicas, outras para acreditarem ser professoras, outras mais para serem religiosas convictas. Galinhas, além de burras, são também altamente sugestionáveis. De modo que, em breve, todo o galinheiro tinha perdido completamente a noção de ser composto por simples galinhas mortais.
 
Como cada galinha não se julgava mais uma pobre galinha mas um eminente filósofo, político, militar, escritor, comerciante e até astronauta, voltou a ser fácil para o mágico apanhar uma delas para o seu almoço, sem nenhuma resistência.
 
Dali em diante, enquanto as demais galinhas viam o mágico, a cada dia, levar uma delas debaixo do braço para o seu almoço pensavam felizes e faceiras: ainda bem que eu não sou uma galinha... 
 
MORAL DA HISTÓRIA: ainda bem que você não é uma galinha, né?

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