quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

As relações antigas são as grandes inimigas das nossas novas relações

Não há maior empecilho para o êxito das nossas novas relações do que as nossas relações antigas – as que deram errado e até mesmo as que deram certo. Compulsivamente, em vez de buscar construir uma relação inteiramente nova com outra pessoa, todo mundo tenta, em primeiríssimo lugar, “resolver” as relações antigas numa nova relação, seja tentando corrigir os erros e fiascos ocorridos e não solucionados, seja tentando repetir a maravilha que foi aquela relação enquanto durou. 

Ao iniciarmos uma nova relação, somos tentadas o tempo todo em compará-la com relações anteriores – com a relação imediatamente anterior e com todas as nossas relações anteriores, incluindo a relação básica que tivemos com papai e mamãe e a qual a gente tende a querer reeditar, para o bem e para o mal, em cada nova relação. Cada relação com o outro é uma relação única, incopiável. 

Mas a questão é que, na maioria das vezes, as pessoas não estão realmente buscando relações novas e novas formas de relação, mas apenas tentando repetir as relações antigas e o formato dessas relações nas novas relações que vão tentando estabelecer.

Não se trata, assim, de encontrar uma nova relação mas de tentar resolver, neuroticamente, a(s) relação(ões) antiga(s) que ficaram em aberto, mal encerradas, não elaboradas, e que permanecem na vida da gente como fantasmas do passado, assustando o nosso presente e o nosso futuro.

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