domingo, 8 de janeiro de 2023

Ler compulsivamente não produz uma pessoa bem formada e bem informada

Ler compulsivamente não produz uma pessoa bem formada e bem informada. A quantidade de livros que se lê não pode ser considerada, em si, um bom indicador do conhecimento que a pessoa possui. 

Não basta ler muitos livros mas entender o conteúdo passado pelos autores, assimilar os dados e informações obtidos e agrega-los ao estoque de conhecimento que a pessoa já possuía antes da leitura.

Aí reside a grande diferença entre ler e estudar. Quando se lê mecanicamente, o único objetivo acaba sendo ler o máximo possível, ler por ler, sem nenhuma preocupação com aprendizado.  

Naturalmente, em se tratando de conto, poesia ou romance, o gosto pela leitura pode, sim, exceder e substituir qualquer forma de “apreensão utilitarista” do conteúdo. Mas em se tratando de literatura especializada de qualquer área do conhecimento, não basta alcançar apenas um mero “gozo estético” através da leitura.  

É necessário, antes de tudo, que o material lido seja intelectualmente processado, de forma que o conteúdo seja incorporado ao estoque de conhecimento da pessoa, permitindo que a ela formar juízo crítico da obra, em conjunto e relativamente aos conhecimentos que já possui a respeito do assunto tratado. 

Mais importante do que ler muito, é ler direito. Ainda que se leia pouco, o ganho intelectual só existe quando se lê direito, ou seja, compreendendo, assimilando e se posicionando criticamente em relação ao conteúdo.

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