De que velhices estamos falando quando falamos das velhices LGBT+?
Há muitas e diferentes velhices LGBT+, que se distinguem uma da outra por uma
série de indicadores, numa sociedade de profundas desigualdades de gênero, de
raça, de sexo e, sobretudo, de profundas desigualdades socioeconômicas.
A velhice não é a mesma nem chega na mesma época para toda e qualquer
pessoa, seja ou não LGBT+, não podendo, portanto, ser entendida como
uma fase única e específica na vida de todo e qualquer indivíduo, determinada
por rígidas ocorrências biológicas e sociais . Pelo contrário, a velhice deve ser vista
como um processo altamente pessoal, dentro da realidade específica em
que cada pessoa envelhece. Uma travesti de 40 anos já pode ser considerada velha,
tendo e1n vista que a média de sobrevivência nessa categoria identitária não
passa dos 35 anos, como constam das poucas estatísticas disponíveis.
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