quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Quem é doido de sair da sua "zona de conforto"?

Resistência é o grande inimigo do meu, do seu, do nosso crescimento pessoal. Crescer implica em permanente abertura e disposição para a realização de mudanças necessárias, na gente mesma e no mundo à nossa volta, dentro das possibilidades e limites de cada uma. O contrário de mudança é exatamente resistência, ou seja, a obstinada compulsão de querer manter as coisas como estão, como sempre foram, por medo de assumir os riscos de mudar.

A mudança acontece naturalmente quando você não oferece resistência à vida, quando deixa as coisas fluírem, quando “deixa a vida te levar”, como na música do Zeca Pagodinho. A mudança só acontece se você aceitar o convite da vida para viver AQUI e AGORA.

O que nos move é a busca do prazer. E essa busca do prazer é tão mais intensa quanto mais insatisfação e desconforto estivermos experimentando nas condições atuais. A busca do prazer é o combustível da mudança. 

O que nos paralisa é a evitação do desprazer. E essa evitação do desprazer é tão mais intensa quanto mais riscos, ameaças e perigos enxergarmos numa eventual busca do prazer. A evitação do desprazer é o combustível da resistência e, consequentemente, da estagnação, da permanência no mesmo lugar de sempre, por mais inconveniente e desprazeroso que ele seja.

Se você se sente parada e incapaz de se mover do lugar, embora internamente esteja em chamas, com o desejo intenso de buscar o prazer, ou seja, de mudar, de sair da “zona de desconforto” em que se encontra, é porque o seu medo de encontrar o desprazer nessa busca ainda é maior do que o seu mal-estar vivendo nas suas deploráveis condições atuais.

Nesse conflito entre mudar ou resistir à mudança, quase sempre quem vence é a resistência à mudança, que acaba convencendo as pessoas de que, na verdade, ainda que estejam num inferno, elas estão vivendo numa “zona de conforto”. E, de zona de conforto, ninguém é doido de sair. Mesmo que seja um inferno, mais vale um inferno conhecido do que um céu duvidoso, né?

Enquanto você não for capaz de admitir para você mesmo que viver ancorada, escorada, amarrada, contida, detida e aprisionada NÃO É estar numa zona de conforto, mas numa ZONA DE TOTAL DESCONFORTO, dificilmente será capaz de abandonar a inércia e a resistência e abraçar a mudança, com a cara, a coragem e muito tesão de sentir prazer e gozar a vida em todas as suas dimensões e possibilidades.

 

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