A mudança acontece naturalmente quando você não oferece resistência à vida,
quando deixa as coisas fluírem, quando “deixa a vida te levar”, como na música
do Zeca Pagodinho. A mudança só acontece se você aceitar o convite da vida para
viver AQUI e AGORA.
O que nos move é a busca do prazer. E essa busca do prazer é tão mais intensa
quanto mais insatisfação e desconforto estivermos experimentando nas condições
atuais. A busca do prazer é o combustível da mudança.
O que nos paralisa é a evitação do desprazer. E essa evitação do desprazer é
tão mais intensa quanto mais riscos, ameaças e perigos enxergarmos numa
eventual busca do prazer. A evitação do desprazer é o combustível da
resistência e, consequentemente, da estagnação, da permanência no mesmo lugar
de sempre, por mais inconveniente e desprazeroso que ele seja.
Se você se sente parada e incapaz de se mover do lugar, embora internamente
esteja em chamas, com o desejo intenso de buscar o prazer, ou seja, de mudar,
de sair da “zona de desconforto” em que se encontra, é porque o seu medo de
encontrar o desprazer nessa busca ainda é maior do que o seu mal-estar vivendo
nas suas deploráveis condições atuais.
Nesse conflito entre mudar ou resistir à mudança, quase sempre quem vence é a
resistência à mudança, que acaba convencendo as pessoas de que, na verdade,
ainda que estejam num inferno, elas estão vivendo numa “zona de conforto”. E,
de zona de conforto, ninguém é doido de sair. Mesmo que seja um inferno, mais
vale um inferno conhecido do que um céu duvidoso, né?
Enquanto você não for capaz de admitir para você mesmo que viver ancorada, escorada, amarrada, contida, detida e aprisionada NÃO É estar numa zona de conforto, mas numa ZONA DE TOTAL DESCONFORTO, dificilmente será capaz de abandonar a inércia e a resistência e abraçar a mudança, com a cara, a coragem e muito tesão de sentir prazer e gozar a vida em todas as suas dimensões e possibilidades.
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